sexta-feira, dezembro 01, 2006

Sim, eu sei que filme é esse.

"Vocês não vão gostar de mim. Vocês não vão gostar de mim agora, e gostarão menos de mim quando eu terminar."

Esta frase, era pra ser minha. Mas a preguiça, ou um destes infortúnios do acaso a que chamamos de vida, fez com que alguém pensasse antes. Tudo se resume a isso, no fim das contas. Naquilo que você pensa e executa antes dos outros. Mas enfim, a frase não é minha, mas tomem como se fossem. Alguns de vocês me conhecem, sabem meu nome, se familiarizam com minha face. Alguns de vocês até cometem o erro de não seguir à risca a frase aí de cima. Esqueçam. Revelem-me, se assim quiserem. Como uma AntiFluo, não me importa esconder minha identidade. Não me importa a opinião de vocês. Admito que o romance do anonimato é tentador, mas esta fase já passou. Deixe que as tentações venham, que me absorvam e voltem para onde vieram. Somos todos escravos das pequenas tentações, dos pequenos prazeres, das luxúrias ilusórias de uma ilha ligada ao continente."Faketown". Não existe expressão mais adequada para um local onde habitam seres que, de tão corrompidos, não conseguem ser catalogados em nenhuma infâmia, nenhuma injúria ou difamação. "fakepeople", pensando na próxima panelinha. Não vou ficar aqui perdendo meu tempo citando nomes, bandas, pessoas. É pra todos vocês. Todos vocês.

Eu sou Velvet*, habitante de Faketown, e eu não quero que vocês gostem de mim.

Para quem ligou agora...

Esses aí de baixo, são republicações. As datas estão aí, em cima ou em baixo. Muita coisa já não condiz com meus pensamentos... mas a vida é assim mesmo. Deixo pra quem quiser ler.

Faketown (the world is a vampire)

Quarta-feira, Abril 20, 2005

O Texto é assim mesmo.

Cansado de lidar com pessoinhas.
Sabe pessoinhas?
Aquelas coisas que só querem te sugar, e invariavelmente conseguem.
Aquelas coisas fúteis e desprezíveis que fazem da sua vida um eterno jogo de intrigas.
Criaturinhas sórdidas, que jogam e jogam, e nem sabem jogar direito, embora sejam um estorvo imenso.
Estou cansado de intrigas, de armações, dessa ilha cheia de fakegroupies que cultuam fakepopstars que tem uma fakefame...

Cansado.


Algumas pessoas deveriam ter permissão para matar.

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Terça-feira, Abril 19, 2005


Eu tenho.

Um óculos quebrado.
Uma insônia crônica.
Um monte de roupas sujas.
54 guimbas de cigarro no cinzeiro.
Uma mente cheia de pensamentos.
Uma vontade louca de gritar e sumir.
Uma droga de comportamento que sempre me coloca em xeque.
Um desejo enorme de voltar pra minha dimensão.

Alfajor meio amargo

Acordou tarde aquele dia. Levantou mal humorado, passos lentos até o computador. Com música, seu humor melhora. Com Velvet, mais um pouco. Sweet Jane tocando, acende um cigarro e se pega pensando. Ainda nenhuma notícia das terras prateadas. Mentira. Uma nota, um pequeno texto na virtualidade, Pierre iria adorar. Ontem caminhou sob o sol, e lembrou da outra tarde, mais feliz, mas não menos quente. Estava bom, o sol, o clima um tanto século 17, pessoas maquiadas e com roupas pomposas. O cigarro queima lentamente, pensamentos lentos, tudo demora. O filme ainda na cabeça, já viu outro, imagens se misturam. Tudo lento. Lento. O sol está alto, ainda que a sensação seja de amanhecer. O cheiro da chuva, o barulho dos aviões, a mente anestesiada. Imagens passam oníricas, nada muito certo, as coisas parecem se embolar cada vez mais...


Passo lento até o interruptor, desliga.

A luz permanece.


Domingo, Abril 10, 2005

¿Amor é Instantâneo?

Pensar. Sentei na cama e acendi um cigarro. O cheiro da fumaça veio antes do gosto, irritando meu nariz. Amasso o cigarro no cinzeiro e vou pegar um café. Pensar. A chuva fina cai no vidro da janela, distorcendo a imagem. Lá fora, pessoas caminham apressadas, fugindo pra onde. Pensar. A sala parece mais vazia do que é. Com suas canelas inchadas, as paredes cercam meu pensamento. Acendo um cigarro, vou ver a chuva lá fora. Crianças brincam nas poças, leptospirosas. Pensar. Da janela dá pra te ver, caminhando, tranquila. Pensar. A pergunta não me sai da cabeça, vem à tona quase toda hora. Quase tanto quanto a dona dela. Pensar te assusta? Acendo um cigarro na ponta do outro, o café esfriou, amargo. A chuva aumentou, dá vontade de caminhar. O apartamento se entedia, discos velhos na vitrola. Pensar. Porque a pergunta não quer ir embora, quer ser respondida, quer atenção. A porta aberta, desço as escadas. Lá fora, você anda pela chuva. Sem romantismo, apenas praticidade. O cheiro da chuva me lembra você...

Terça-feira, Abril 05, 2005